Em final de legislatura, e quando se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu, é tempo de os deputados prestarem contas para que os eleitores também possam fazer as suas. As comparações não são pois de recear já que são uma forma fiável de se separar o trigo do joio, o trabalho da preguiça, o empenhamento da indiferença, aqueles que serviram os interesses do País e de quem os elegeu, dos que se fizeram eleger para se servirem a si próprios. Os dados estatísticos que se seguem não esgotam a actividade dos deputados, mas são um bom indicador da sua produtividade em especial nos campos em que cada um tem inteira liberdade de iniciativa.Se estes elementos são reveladores do trabalho realizado — fazendo com que o voto na CDU no próximo dia 7 de Junho seja um voto seguro —, as diferenças de projecto são ainda mais evidentes. Exijam-se, pois, novos rumos para Portugal e para a Europa.
dos 24 deputados, apenas quatro produziram mais de 600 intervenções, estando aqui os dois eleitos do PCP. Em contrapartida, 16 deputados fizeram menos de 100 intervenções e outros 12 intervieram menos de 50 vezes.
No fundo da lista está por exemplo o deputado do Bloco de Esquerda, Miguel Portas, que em cinco anos tomou posição nas sessões apenas 41 vezes. A pouca apetência que aparenta para intervir nos plenários tão pouco foi compensada em número de requerimentos à Comissão e ao Conselho sobre as importantes questões nacionais. Não, limitou-se a apresentar 13 perguntas, ou seja uma média de 2,6 por ano.
No conjunto dos 24 deputados, apenas cinco (!), onde se destacam os dois eleitos do PCP, apresentaram mais de 50 perguntas. São eles Ilda Figueiredo (PCP), com 469 perguntas, seguem-se Paulo Casaca (PS), 274 perguntas, José Ribeiro e Castro (CDS), 256, Pedro Guerreiro (PCP), 189 perguntas, e Ana Maria Gomes (PS), 62 perguntas.
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